História dos aprovados. Marcelo Assis

Fala, galera!

Hoje, cá estou para compartilhar com vocês a minha trajetória nesse mundo dos concursos. Antes de mais nada, apresento-me:  meu nome é Marcelo Assis, tenho 31 anos (com rostinho de 20, como se vê :P). Atualmente,  ocupo o cargo de Técnico do INSS, juntamente com o colega Leon Góes, e sou formado em RH ( É… isso mesmo: aqueles cursos da universidade cujo Celso  Portiolli diz que lá você pode!).

Sempre estudei em escola pública  e, assim como alguns daqui, adorava fazer guerra com Bolachas Maria, jogar bolinhas de papel no ventilador (no meu tempo era ventilador  de teto. Rsrsrs…), fazer aqueles batuques no fundão da sala… entre outras  “artes”, sendo  que o meu sonho era ser jogador de futebol, mas, por ser meio rechonchudo, não deu para seguir carreira. Então, em 2001, terminei o ensino médio.

Depois disso, a chapa esquentou: tive que arrumar um trampo para ajudar em casa, pois meu pai era pedreiro , minha mãe costureira e eles não podiam ficar sustentando essa coisa linda que escreve a vocês no momento. Até meados de 2006, trabalhava pesado, muitas horas por dia e sem muita perspectiva de crescimento, embora sempre me questionara o que seria da vida. Aí, em mais um dia de rotina, TUDO MUDOU! Um amigo de infância e  de colégio me propôs:  Marcelão, vamos estudar para o concurso da Polícia Militar? Eu nunca gostei manusear armamentos, tinha/tenho pavor de coisa do tipo. Porém, ACEITEI frequentar o cursinho aqui da minha cidade.

Logo no primeiro dia de aula, uma sala com mais de 100 pessoas, um calor dos infernos e eu sem base nenhuma das épocas de colégio. Resultado: estudei por alguns meses e fui fazer a prova. Óbvio, não livrei nem a nota de corte. Me senti um lixo! Mas, embora não possua o dom para a maioria da coisas,  eu tenho um ponto que julgo positivo:  sempre fui competitivo e teimoso! Quando me interesso por algo, faço valer! Não enxergo metas inalcançáveis, nem obstáculos insuperáveis. E assim, continuei estudando para concurso.

Trabalhava e estudava ao mesmo tempo. Aos poucos, os resultados foram aparecendo. Em 2008, já com um pouco mais de bagagem, resolvi estudar para o INSS e descobri uma paixão: o Direito Previdenciário!  Cara, aquilo era o que desejava para minha vida. Além de achar extremamente prático, sabia que teria a chance de ajudar as pessoas. Aconteceu que a prova já estava em cima, e eu ainda não estava preparado o suficiente para passar nas vagas ( mesmo assim fiquei em 28º, de um total de 12 classificados). CHOREI, mas não desisti !!!

Comecei a investir pesado em bons materiais (entre os quais, o de questões comentadas do Professor Hugo e o curso prático do Professor Ítalo Romano). Só que o concurso do INSS não saia! Fui muitas vezes para Recife fazer provas do Cespe, da Esaf e da FCC. Às vezes voltava animando, às vezes conferia o gabarito do Cespe e ficava devendo pontos (Rrsrsrsr…). Então, em 2010, fui FINALMENTE NOMEADO em concurso da prefeitura da minha cidade. Não era ainda o que queria, mas já dava para ter uma tranquilidade maior. Pela primeira vez, vi nomezinho em um diário oficial! Continuei  estudando, querendo algo melhor para minha vida. Eu tinha uma escala de serviço muito boa – trabalhava um dia de 24 horas e folga três seguidos. Aí, poucos meses depois, perdi minha mãe para um câncer letal e fiquei alguns meses “sem chão”, mesmo assim, voltei aos estudos, cursei uma faculdade beeeeem a distância e os resultados vieram com força total: fui aprovado no MPU,  no IFPE, na UFPE, no TJPE e, finalmente, no INSS 2011/2012! Lembro do  dia que saiu a nomeação no INSS, coloquei o tema da vitória de Ayrton Senna umas 50 vezes no último volume e agradeci a Deus por tudo!!!  Foi emocionante!!! Eu, aquele cara que tinha mil motivos para desistir, estava sendo momeado para ser servidor público federal no INSS!!! 

Só que, como de costume, comecei a estudar para concursos novamente (isso é viciante!!!) e logo meus olhinhos começaram a brilhar para o cargo de Auditor Fiscal… Muitas matérias e muita gente boa na parada. Pois é, meus amigos… o combustível do desafio mais uma vez estava em mim. Com  cerca de um ano de estudos e várias renúncias, o resultado, novamente, surgiu:  de 7 mil inscritos, apenas 9 % livram a nota de corte e lá estava eu entre 694 os (em 248º) aprovados do concurso para o cargo de Auditor Fiscal do Tesouro de Pernambuco. CLARO, não é uma classificação tão significante assim, mas, para aquele aquele cara lá do começo do texto, tendo chances de ser nomeado ainda para esse cargo, digo a vocês, que ainda estão na batalha (eu ainda estou também, hein?!), com  toda humildade e certeza: “Somos o que fazemos repetidamente. Por isso, o mérito não está na ação, e sim no hábito.”

Abraços!